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Mostrando postagens de 2009

Solstício Verão

"Possa a Luz deste Sol encher seu coração de tranqüilidade, paz, serenidade e sabedoria, auxiliando em suas tomadas de decisões, nutrindo seus projetos de força e vigor, iluminando seus passos e clareando seus pensamentos e emoções. " Quando finalizamos o décimo segundo mês do calendário solar, regente da sociedade moderna e ocidental, iniciamos um período comum de festividades em comemoração a Ascensão da Luz do Sol. Em ambos os hemisférios temos os Solstícios (Verão-Sul/Inverno-Norte) que marcam uma forma diversa dos raios de Luz Solar influir sobre a Terra com seu calor. Na tradição pagã o Solstício representa a ascensão do Deus Sol, nos Mistérios temos a comemoração do Festival de Mitra (Senhor da Luz), na Religio Romana temos o Solis Invictus (Sol Invencível), entre os judeus temos o CHannuká (Festa das Sete Luzes), para os cristãos temos o Dies Natalis (Dia do Nascimento da Luz), para o rosacrucianismo a Festa da Luz, a Ascensão da Luz do Logos Solar (Crístico

Arcanjo Raphael

No dia 22 de dezembro comemoramos na Igreja Gnóstica o Dia de Raphael Arcanjo em conformidade com o calendário litúrgico. Seu nome significa em hebraico: "D'us Cura" e na iconografia cristã apresenta-se sob a imagem meditativa de um jovem alado que traz um vaso em sua mão direita contendo o bálsamo que cura, acalma e regenara, atributos de sua armada elemental, o Ar. Em sua mão esquerda traz o cajado símbolo do Guia, aquele que é o Bom Amigo de Tobias. Sua "Cura" está relacionada a regeneração do ser, preparando-o física, moral e espiritualmente para a reintegração. É citado nos textos cristãos, judaicos e islãmicos; domina o Leste, local do luminoso Sol Nascente, a fria luz do amanhecer. No islamismo é dito que Raphael "soprará" as trombetas do Juízo Final, assinalando mais uma curiosa ligação deste Arcanjo com o elemento o qual rege. Segundo a visão de Ezequiel, Raphael Arcanjo possui a cabeça de Humana, regendo os signos de Ar, ou seja

Mistério da Palavra

Sílabas Sementes, ou Bija Mantra, são sons primordiais capazes de evocar e invocar as forças personificadas por Budhas, Bodhisatvas, Protetores do Dharma e Mestres do Dharma que alcançaram realizações. Junto a outras sílabas sagradas e palavras desencadeadoras constituem os mantras, ou seja, frases sagradas capazes de potencializar o poder da Sílaba Semente. A escola Shingon de budismo esotérico japonês possui práticas específicas que trabalham o Mistério da Fala através da repetição de mantras, utilização de sílabas sementes como ponto meditativo e canto de sutras. O próprio nome da escola (Shingon) remete à Palavra Verdadeira ou Mantra. O simples ato de pronúncia é um ato de consonância com a Fala Búdica, o cuidado com o silêncio e com o poder de manifestação que possui o Verbo também fazem parte deste ensinamento. A Escola Shingon foi a primeira escola Vajrayana que tomei refúgio como leigo, na década passada, absorvendo seus ensinamentos e práticas, principalmente com o

Quatro Caminhos do Shugendō

Shugendō é uma religião que propõe uma série de atividades de purificação e desenvolvimento para os seus praticantes, conhecidos como shugen. Estas atividades são de cunho místico, mágico, religioso e visa o desenvolvimento de certas capacidades ditas “paranormais”, bem como a purificação e aperfeiçoamento humano. Esta tradição nipônica desenvolveu-se especialmente entre os séculos XII e XIV, entrando em um declínio forçado pelo governo moderno do Japão por volta de 1868-1870 onde foi obrigatório que todas as manifestações religiosas separassem formalmente os conceitos de Kami (divindade da religião Shinto) e Budha (seres iluminados do budhismo), tornando-se portanto proibida a prática do Shugendo, por mesclar estes dois conceitos, em 1872. A partir da promulgação da chamada Lei da Corporação Religiosa (Shukyo Hojinrei) em 1945, um grande número de grupos praticantes de Shugendo derivados de diversas linhagens tornaram-se independentes das seitas budhistas que, até então, os s

Ecclesia Gnostica Joanita - Dezembro

(06/12/2009) São Nicholas: Padroeiro da Igreja Ortodoxa Russa, foi Bispo de Mira, da região de Petara (Turquia) da segunda metade do século III; (21/12/2009) Apóstolo Tomé : Um dos doze orbes ao redor do Logos Solar. Responsável pela escritura apócrifa relatando os ensinamentos esotéricos que Yeshuá dispensava apenas aos escolhidos; (Leitura do Evangelho segundo Tomé) (21/12/2009) Solstício de Verão: Data do ano em que o dia é mais longo que a noite, simbolizando a ascensão da Luz Solar que sustenta e mantém a Vida, Luz, Amor e Liberdade. Também chamado de Dies Solis Invictus; (Ritual Solar) (22/12/2009) Arcanjo Rafael: Evoca o bálsamo divino através de seu nome, Rafael significa "Deus Cura". Possui a cabeça de homem, rege o Ar e o quadrante Leste da Luz Nascente (luminoso e tépido); (Oração do Arcanjo Rafael) (25/12/2009) Luz Divina: Marca o ápice da Luz Divina que despontou no Solstício e caminha rumo ao Sul para entronar-se Senhor Solar. Também chamado

Nota Sobre a História do Martinismo

O Movimento espiritualista iniciado por Martinez de Pasqually (1727-1774) na segunda metade do século XVIII, continuado por Louis Claude de Saint-Martin, o "Filósofo Desconhecido" (1743-1803), e após por Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824), difundiu-se na França, na Alemanha e na Rússia durante todo o século seguinte. Esse movimento espiritualista sintetiza-se na "senda interior", segundo a doutrina de Saint-Martin, que não procurava senão "Homens de desejo" como discípulos. A doutrina do Filosofo Desconhecido corresponde a uma adaptação dos ensinamentos de Martinez de Pasqually e de Jacob Boehme (1575-1624). Saint-Martin estava aproximadamente com cinquenta anos quando conhece as obras de Boehme, por ocasião de suas constantes viagens a Estraburgo. Nessa cidade, ele teria sido iniciado no esoterismo alemão por Rodolph de Salzmann, um dos discípulos de Gitchel (1638-1710), de Kunrath (1560-1605) e de Boehme, pertencente à Sociedade dos Filósofos Desconh

As mulheres no Martinismo (Parte II)

Claudina Teresa Willermotz foi uma das iniciadas na Ordem dos Elus Cohen do Universo, através de seu irmão Jean Baptiste Willermotz que trocou cartas sobre o assunto com seu Mestre Pasqually, entre os anos de 1771 e 1773, transmitidas ao Mestre através de seu secretário Saint-Martin. Pelo que sabemos Claudina não teria avançado além do grau de Mestre Eleito Cohen. Dentre as iniciadas na Ordem, já foram relatadas por Van Rejnberk os nomes: Da Senhora Lusignan, em Paris; Da Senhora de Provenzal, Senhorita de Brancas e da Senhora Coalin, em Lyon; Da Senhora Delobaret (viúva de Martinez) em Bordeaux; Esta lista é de 1781, e provavelmente outras senhoras foram admitidas na Ordem após esta data; há uma discussão em torno da admissão da Marquesa de Croix, que teria sido sua candidatura recusada pelo Grande Mestre de Caignet, enquanto Matter afirma que ela foi recrutada e aceita por Martinez, estando inclusive registrada sua ida a Paris junto ao Mestre e outros discípulos. Not

Assim florescerão tuas Rosas!

" Que todo ato seja motivado por um objetivo; Regozija-te por tudo no universo; Aprenda a respeitar a opinião dos outros; Reverencia a Natureza e tenha contato diário com Ela; Seja fiel aos teus amigos e assim terá amigos fiéis, reconheça você dentro deles; Relacione-se com todos, mas dê grande valor àqueles que sabem mais que você e aproveite para deles extrair a substância da Sabedoria; Concentre-se diariamente e faça um exame de sua consciência; " Extraído do livro “A Rosa Esotérica” – Mestre Huiracocha

Ordem Renovada do Templo (ORT)

"De todas as Ordens de Cavalaria, nenhuma teve um destino tão extraordinário quanto os Templários. Nenhuma teve tal influência sobre a direção do mundo." K E. Michelet Muitas são as atuais manifestações de Ordens neo-templárias ou inspiradas no ideal cavalheiresco templário, contando ainda neste cenário muitas outras organizações iniciáticas que alegam serem herdeiras da tradição templária apesar de conterem pouco das práticas cristãs esotéricas. Umas das grandes expoentes deste movimento e grande pioneira nesta missão foi a Ordem Renovada do Templo que surge na década de 60 sob um alegórico fato ocorrido em Grotoferrata - Itália e tem seu Mestre Externo instalado na Cripta de Notre Dame, com uma dupla missão a cumprir: primeiramente permitir ao maior número possível de indivíduos alcançar um certo nível de compreensão do Universo - e do seu próprio Universo - ali encontrar o equilíbrio e a harmonia do seu ser e do seu comportamento, de desenvolver dentro de si

Comunhão Mística

Dentro de todos os sistemas que operam sob a fórmula de LVX nós podemos encontrar uma forma de transubstanciação de elementos físicos que serão absorvidos pelo magista e despertarão as virtudes representadas nos elementos. Observamos que para cada item ativador existe um sentido que será ativado e qualidades a serem despertas através da ativação. Em uma cerimônia de bolos e vinhos, absorvemos a porção sólida, representada pelos grãos que compõe o bolo, fruto da terra, da feminilidade e da energia serpentina acumulada no magnetismo terrestre representada pelo acúmulo de energia vital sobre a superfície da terra, que é o sustento do corpo físico e o trabalho. O vinho é fruto da maturação das uvas sob o sol, representando a porção masculina, ativa, embriagante e sacro, alimento do espírito. Na cerimônia gnóstica de transubstanciação, o vinho e o pão se tornam a matéria física de nosso Logos Solar, nosso Daemon pessoal, que nos guiará quando ativado. Nesta cerimônia fazemos a a

Mdme Charlotte de Boecklin

"Eu tenho no mundo uma amiga como ninguém possui, só com ela minha alma podia expandir-se à vontade e conversar sobre os grandes assuntos que me ocupavam, porque só ela consegue adaptar-se à medida dos meus desejos, e ser-me extremamente útil". L.C.S-M. Foi em 1788, por intermédio de Madame Charlotte de Boecklin, que Saint Martin conheceu a obra do iluminado sapateiro alemão Jacob Boehme, enquanto recebia dela o apoio de uma alma compreensiva. O Filósofo Desconhecido dizia ter dois Mestres: Pasqually com o qual convivera por longos anos e por quem foi iniciado na Ordem dos Elu Cohen e Jacob Boehme, que conheceu através das obras e que dizia ter sido espiritualmente iniciado, ganhando a obra de Saint Martin um caráter mais místico, focado na oração, meditação e contemplação graças a Boehme. Se a visão de Saint Martin sobre a espiritualidade sofreu uma reviravolta graças a obra de Boehme, foi Mdme Boecklin a responsável por apresentar o Discípulo ao Mestre... P

Martinismo Livre

"Nosso lembrado Irmão Augustin Chaboseau escreveu algumas notas sobre o que chamou de sua “Iniciação” pela sua tia Amélia de Boisse-Montemart, que não deixam a menor dúvida a respeito, tratava-se unicamente da transmissão oral de um ensinamento particular e de certas compreensões das leis do universo e da vida espiritual, o que em nenhum caso pode-se considerar uma iniciação ritualística propriamente dita. As linhas que uniram Augustin Chaboseau, Papus e outros e que provém de Saint-Martin são, com efeito, linhas de afinidades espirituais... É justamente neste ponto que aparece a profunda contradição existente, de um lado, entre o desejo de liberdade interior que deve desprender-se de todo formalismo para permitir à personalidade espiritual estabelecer-se e definir-se fora de toda classe de coletividades e, de outro lado, esta espécie de desmentido ao anterior que parecem aportar certos ocultistas dos fins do século XIX, ao criar suas associações, Ordens e Sociedades. Exist

Catarismo: o fundamento da Ecclesia Gnostica

“Mateus foi escrito para os hebreus; Marcos, para os romanos;Lucas, para os helenos; João, para todos os povos do Universo.” O Santo Sínodo declara: · O restabelecimento da hierarquia permite a Restauração do simbolismo gnóstico. · O Consolamentum, a Fração do Pão e o Aparelamentum da Assembléia Albigense está restabelecido. · Os Bispos e seus adjuntos podem conferir sozinhos o Consolamentum. · Todo fiel, Perfeito ou S::: I::: pode oficiar a Fração do Pão. · O Aparelamentum é um privilégio exclusivo do patriarca estabelecido. · A Ordem Martinista é declaradamente de essência gnóstica. Todo S::: I::: toma seu lugar equivalente ao nível dos Perfeitos. · O Evangelho de João é o único Evangelho Gnóstico. À partir desta declaração, que consta na revista L'Initiation, notamos: a influência cátara sobre o restabelecimento da Igreja Gnóstica, a importância dos três rituais que são a essência da doutrina cátara, e a influência desta doutrina sobre a Ordem Ma

As mulheres no Martinismo (Parte I)

Quando Ragon escreveu sobre o problema da Maçonaria disse que “se nosso pai Adão quisesse abrir uma Loja no paraíso, só poderia faze-lo com sua esposa Eva” e muitos maçons depois ainda citam que sendo Eva a primeira a comer do fruto da Árvore do Conhecimento, esta teria sido a primeira iniciada, e só posteriormente Adão seria iniciado por ela. Examinaremos neste artigo não só a questão da mulher na iniciação mas em específico o papel da mulher na iniciação Martinista e sua atuação no decurso histórico. Sabemos que o iniciador deste movimento foi Martinez de Pasqually que fundou a Ordem dos Cavaleiros Maçons Eleitos Cohen dando início ao movimento Martinezista, ordem esta que participaram Jean Baptiste Willermoz, responsável por retificar o movimento inicial criando o Willermonismo através do Rito Escocês Retificado, e Louis Claude de Saint Martin, que fundou o movimento Martinista. Apesar de inicialmente não organizado na forma de uma Ordem, anos depois da existência de nosso V

Martinismo Napolitano

Como já dizia Mestre Nebo: “ Sob o nome de Martinismo Napolitano, designa-se o grupo de discípulos de Eliphas Levi na cadeia martinista estabelecida no reinos das duas Sicílias, e igualmente descendentes na cadeia do Barão Nicola Spedalieri, que era napolitano.” Além de Spedalieri, que é um grande sustentador da tradição nesta região, devemos citar o advogado Giustiniano Lebano, de Torre Annunziata, Nápoles, que é autor de muitas obras ocultistas. Este foi um refugiado político na França e foi iniciado por Eliphas Levi na Magia Transmutatória. Retornou à Itália após a unificação, aposentado fixou-se na região aos arredores do Vesúvio onde se dedicou a ensinar e praticar a doutrina Martinista. Lebano faleceu no início do século passado, deixando um grande legado no campo místico. Outro napolitano da região de Portici, nos arredores do Vesúvio, foi Pasqualle de Servis, que emigrou para Paris à negócios, entrando em contato com o Círculo de Eliphas Levi, sendo aceito discípulo

Giuliano Kremmerz

Ciro Formisano, conhecido publicamente com o nome iniciático de Giuliano Kremmerz, nasceu em Portici, próximo de Nápoles em 8 de abril de 1861. Travou seus primeiros contatos com estudo e prática do hermetismo através de Pasquale de Servis (1818 – 1893) na esfera iniciática conhecido como “Izar”. O velho professor reconheceu nele um grande iniciado, vivendo muitos anos como inquilino no apartamento pertencente aos Formisiano, tornando-se muito afeiçoado ao jovem Ciro. Assim que alcançou a maioridade, Ciro foi admitido junto aos Izar através do Grande Oriente Egípcio, última manifestação de uma antiga tradição iniciática que vinha sobrevivendo à passagem do século. O jovem Ciro, de apenas 17 anos, já era habilitado na área de ensino nas matérias de literatura italiana, geografia e história, para a província de Nápoles. Alcançou seu doutorado em literatura pela Universidade de Nápoles, em 1883, dedicando-se ao jornalismo e à educação. Em 1896, Giuliano Kremmerz fundou a Fraternida

Irmãos do Oriente

"A propósito, preciso lhe dizer que os pretensos Irmãos de Heliópolis são, em verdade, os Irmãos do Oriente” R. Guénon  De nossa viagem astral, lemos em sentido integral e em francês rebuscado, esta carta ao Irmão Papus, de 14 de março de 1912,que nos introduz aos arcanos dos “Irmãos do Oriente”:  “Querido Mestre:  O emblema localizado acima de minha petição, em uma carta precedente que tu me enviaste, me interessou vivamente. Os símbolos místicos que colocaste na parte inferior de tua carta me permitiram ver que tu os encontraste na verdadeira e única via da tradição venerada pelos . Abaixo encontrareis em anexo uma cópia de um arcano sobre o qual a minha Alma e meu espírito apreciam muito meditar e viajar; a simples contemplação deste arcano me enche de alegria, e acredito que enviando-te terás as mesmas sensações ao contemplá-lo, e serás tão feliz quanto eu. Sentir-me-ei muito feliz, querido Mestre, se me enviar sua opinião de iniciado sobre o valor filosófico e histó

Transmissão da Rosa+Cruz do Oriente

“A ti e a aquele que julgue digno, transmitirei a inciação da R+C do Oriente como a recebi no Egito a mais de trinta anos. Papus a recebeu de um místico francês, porém nem Téder, nem os demais membros do Supremo Conselho, jamais a receberam. Nenhum escrito, nenhum vestígio no plano físico, apenas o poder da radiação e a transmissão REAL... Em troca deste dom, nada te será pedido, apenas... o Silêncio.” Transmissão da Rosa+Cruz do Oriente O altar estava humildemente forrado com uma toalha de linho branco onde à direita estava um grande círio de pura cera de abelha, perceptível pelo doce aroma que exalava, e à esquerda um incensório com um ardente e crepitante carvão que aguardava as resinas. No centro, o Livro Sagrado de capa branca, estampava em dourado um símbolo ladeado pelas letras gregas “Alpha” e “Ômega”. O Irmão Iniciador, um ancião, levantou-se e postou-se ante o altar, fez alguns sinais no ar e uma profunda reverência. Ele trajava uma longa túnica completamente

Shugendō - II

O caminho espiritual conhecido como Shugendō, é pouco conhecido nos dias atuais mesmo em seu país de origem: o Japão. Lá as práticas ascéticas e os rituais mágicos são feitos em regiões montanhosas e em especial na região de peregrinação religiosa ao redor de Kyoto, na montanha de Kumano. Este local abarca algumas rotas de peregrinação da religião Budhista, tanto de escolas Mahayana quanto das duas escolas Vajrayana japonesas: Tendai e Shingon, possui alguns santuários do Shintō e é rico em locais de beleza natural propício às práticas do Shungendō, o que atrai muitos praticantes. Kumano possui duas rotas principais a serem percorridas, ambas passando por templos, santuários e locais de poder daquela região, sendo a primeira rota a mais curta conhecida como rota do imperador, que é muito mais turística e exige menos do peregrino, e uma segunda conhecida como rota dos peregrinos por onde percorriam as pessoas comuns. Toda prática de Shugendō está intimamente atrelada à naturez

Ordem Rosa+Cruz do Oriente

PARTE I – Irmão Sémelas, o revelador dos “Irmãos do Oriente” " A lenda da existência dos Irmãos do Oriente foi divulgada por um S::: I::: de boa fé, de nome Dupré, que a conhecia por meio de uma tradição verbal de outro S::: I::: de origem grega chamada Sémelas. Porém de onde Sémelas extraiu estas informações, desconhecemos." Ir.'. R.A. Dimitri Platón Sémelas Conhecido como o fundador da "Ordem da Liz e da Águia", representante da Ordem Martinista no Egito, membro dos "Irmãos do Oriente" (Frérés d'Orient) do qual foi tido como porta-voz junto com Papus. Nascido no Egito em 1883, Dimitri Platón Sémelas conclui seus estudos de medicina na Universidade de Atenas, começando a praticar ocultismo, sob a orientação de um Irmão cujo nome permanece desconhecido. Retornando ao Egito, Sémelas se casou e teve um filho chamado Platón. Em 1909, no Cairo, conhece um casal, Eugéne Dupré que era funcionário francês a serviço do governo do Egito e sua

Hino a Ísis

Hino a Ísis Porque és a primeira e a última, Tu és a venerada e a desprezada, Tu és a rameira e a santa, Tu és a esposa e a virgem, Tu és a mãe e a filha, Tu és os braços da tua mãe, Tu és a estéril e numerosos são os teus filhos, Tu és a bem casada e a solteira, Tu és a que dá à luz e a que jamais procriou, Tu és o consolo das dores do parto, Tu és a esposa e o esposo, e foi o teu homem quem te criou. Tu és a mãe do teu pai, Tu és a irmã do teu marido, e ele é o teu filho rejeitado. Respeitar-te-emos sempre, porque és a escandalosa e a magnífica.

Shugendō - I

Shugendō I: o caminho, Shugenja: o caminhante, Kumano: o cenário. “ Todas as experiências são sagradas pois podem fornecer a chave para o Universo que buscamos” O Shugendō é uma tradição espiritual tipicamente ascética que veio à tona por volta do século VII de nossa era, em meio às montanhas japonesas. Trata-se de um caminho absolutamente sincrético, que absorveu as principais influências de práticas religiosas, cultos, exercícios ascéticos e espirituais da época, mesclando-os com interessantes e originais treinamentos que só ele contém. O termo Shugendō, nos remete a um “Caminho de testes e experiências”, também traduzido como “Caminho de acúmulo de experiências”, e têm em seu treinamento uma série de práticas místicas, devocionais e contemplativas, bem como rituais e asceses mágicas, invocativas e evocativas, que buscam levar o praticante a obter experiências espirituais reais, tornando-o uma espécie de peregrino da senda espiritual que caminha com suas próprias pernas “