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As mulheres no Martinismo (Parte II)


Claudina Teresa Willermotz foi uma das iniciadas na Ordem dos Elus Cohen do Universo, através de seu irmão Jean Baptiste Willermotz que trocou cartas sobre o assunto com seu Mestre Pasqually, entre os anos de 1771 e 1773, transmitidas ao Mestre através de seu secretário Saint-Martin. Pelo que sabemos Claudina não teria avançado além do grau de Mestre Eleito Cohen.
Dentre as iniciadas na Ordem, já foram relatadas por Van Rejnberk os nomes:
Da Senhora Lusignan, em Paris;
Da Senhora de Provenzal, Senhorita de Brancas e da Senhora Coalin, em Lyon;
Da Senhora Delobaret (viúva de Martinez) em Bordeaux;
Esta lista é de 1781, e provavelmente outras senhoras foram admitidas na Ordem após esta data; há uma discussão em torno da admissão da Marquesa de Croix, que teria sido sua candidatura recusada pelo Grande Mestre de Caignet, enquanto Matter afirma que ela foi recrutada e aceita por Martinez, estando inclusive registrada sua ida a Paris junto ao Mestre e outros discípulos. Nota-se, em outra lista da Ordem dada a Papus, que a Senhora Provenzal é registrada como possuidora do mais alto grau da Ordem, ou seja, de Reau+Croix, tendo sida recebida no grau em 1774.
Estas mulheres tiveram a importante função de descobrir o papel das mulheres nas operações mágicas e teúrgicas dos Elus Cohen. Podemos afirmar que suas funções nos rituais sempre estiveram ligadas a inspiração, estímulo e consolo, todas características do aspecto feminino. Falamos já sobre a dúvida a respeito da participação da Marquesa Croix na Ordem, mas da indubitável instrução que ela recebeu do Mestre Pasqually. Le Forestier dedicou um parágrafo inteiro, e Matter cita principalmente sua relação com o Mestre Louis Claude de Saint Martin.

Texto Mestre Nebo, tradução Irm::: Grpp

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