No budismo vajrayana o Yidam (Divindade Meditacional) não é
tido como oposto ao ensinamento do Budha em seus Giros da Roda do Dharma. Em
verdade, as Divindades Meditacionais são
compreendidas em diferentes níveis que
vão, para os leigos, de divindades externas até, para Mestres de Dharma e
praticantes, como faculdades da Mente Iluminada, meios hábeis do método
meditacional.
A Natureza dos Yidams é dupla, relativa e absoluta também chamadas como “realidade
guia” e “realidade definitiva” da Natureza da própria mente. A “realidade guia”
constitui os meios hábeis , aparentes, que nos encaminham à Verdade, levando em
consideração as limitações intelectuais e emocionais (psíquicas) dos
indivíduos. Por outro lado a “realidade absoluta”, o verdadeira natureza da
mente, a Insubstancialidade, é a realização das qualidades inerentes àquela
relativa.
A dita “realidade guia” não pode ser chamada de falsa em
comparação com a “realidade definitiva” pois àquela é parte desta, um método
para chegar a um meio, de alto valor pedagógico e de aproximação. Ambas,
portanto, não se excluem mas sim estabelecem um jogo sutil e não contraditório.
Por Frater A.E.L.
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