Em realidade, se observa que uma quantidade destas mesmas pessoas dissecam as obras dos referidos Mestres com o espírito de crítica aguda e muitas vezes maligna ou, pretensiosamente, apontam erros que as obras ou atitudes dos ditos Mestres lhes parece conter.
Em primeiro lugar, desde o ponto de vista simplesmente lógico, tal atitude não é consequente, já que um Mestre, se o é, em qualquer altura que se queira considerar, está forçoasamente APTO, quer dizer "PREPARADO", para sua missão e, por outro lado, "dentro dela" é perfeito. Em outras palavras, representa a perfeição RELATIVA, uma perfeição característica de certo estado de evolução, de certa função, e todos aqueles que precisam todavia d'AQUELE MESTRE são, realmente, inferiores a ELE, se não em ESSENCIA, o que não é possível, ao menos e claramente em CONSCIÊNCIA.
Portanto, suas críticas se dirigem à um "objeto", filosoficamente falando, que não pode analisar realmente e, por isso mesmo, são vãs e levianas.
Sob outros aspectos mais graves, isso é, nos aspectos MORAIS e VITAIS da questão; e sabemos que a Moral e a Vida são, até certo ponto, a mesma coisa, pertencem ao mesmo plano; como podem semelhantes pessoas pensar que seja dado receber os ensinamentos destes Mestres, acaso se tratem de Mestres Instrutores, encarnados e presentes em corpo físico, próximos de nós, ou coisa mais impossível todavia, merecer a Presença dos veneráveis Mestres que se manifestam do Invisível; como podem crer que seja possível, se ignoram a CONDIÇÃO ESSENCIAL, que é criar um LAÇO entre o Mestre e eles? E este laço, o que pode constitui-lo? Somente a Veneração, o Respeito, o Amor. Porém um Amor tão real, tão vivo, que seja uma projeção de todos os nossos pensamentos e desejos mais elevados direcionados ao Instrutor ou Mestre (Guru); que seja em respeito total à Função que exerce em relação a nós.
Se queremos dividir o problema para fazê-lo mais claro, teremos, de maneira geral, duas séries de Seres que nos ajudam em nosso Caminho de Evolução; os Menores, ou seja, os Instrutores, homens que sabem mais ou são melhores que nós em muitos aspectos, o que não significa que sejam perfeitos, porém, quer dizer, que realizaram algo que nós também aspiramos realizar, que sabem algo que ignoramos. De que pode resultar, em tais Instrutores, o verdadeiro interesse dos Discípulos? Somente podem nascer quando o instrutor verifique que o discípulo (chela) tem preocupação real de Saber para Servir, isto é, um interesse INTELECTUAL, uma ânsia ESPIRITUAL de Saber mais e melhor, para compreender realmente o Sentido da Vida e o Caminho que leva à realização verdadeira; e o interesse Moral, ou seja, a pureza de intenção. Porém o Instrutor NÃO PODE CRER em tais reais intenções, se verifica que o discípulo, que pretende ser idealista e altruísta, conserva ou cultiva diariamente o espírito de crítica malevolente, a falta de respeito por coisas elevadas, ou por Aqueles que as transmitem e que para isso fazem Sacrifícios que são evidentes para todo discípulo que queira observar com Amor ao Instrutor.
Se consideramos agora o caso, não dos Instrutores Menores, mas dos VENERÁVEIS MESTRES, daqueles que à DISTANCIA, veem em nossa aura todos os atos e pensamentos que tivemos desde "a última vez que nos viram" - digamos assim para simplificar o problemas - é fácil dar-se conta de que, se podemos enganarmo-nos, Eles não se enganam sobre o progresso que podemos realizar ou não, e sobre a REALIDADE de nossas boas ações. E, apesar da bondade que sempre e necessariamente caracteriza o Mestre, Eles não podem transgredir as LEIS UNIVERSAIS e, portanto, não podem corrigir em nós MAIS VERDADE, MAIS BELEZA, MAIS ELEVAÇÃO, MAIS REALIDADE, do que nós buscamos e merecemos; em uma palavra, nada mais do que nós nos CONDICIONEMOS a receber.
Por isso, para caminhar firmemente no Caminho da Iniciação é preciso este respeito, esse sentimento VENERÁVEL pelos ensinamentos, por Aqueles que os explicam, os comentem e os transmitem em sua parte elemental (Instrutores), e ainda mais por AQUELES QUE AS VIVEM INTEGRALMENTE, que SÃO o próprio Ensinamentos VIVOS na humanidade: OS VENERAVEIS MESTRES.
Amor e Reverência aos Ideais e aos Mestres que os Representam, são, pois, o Marco do Caminho para aquele que segue o SENDEIRO INICIÁTICO.
Dr. JEHEL, S∴I∴
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